Creators: Novos canais e abordagens

creatorsUm dos grandes desafios atuais das marcas é aproximar-se dos creators e de sua audiência, seguindo tendências de comunicação mais orgânica

Os creators, também conhecidos como influencers ou influenciadores, são os novos criadores de conteúdo dos tempos das mídias digitais. São aqueles a quem a internet deu voz por meio de blogs, vlogs, Instagram, Snapchat, entre outras ferramentas. Em geral, são pessoas comuns que não surgiram da indústria audiovisual ou das celebridades, mas que, com uma boa ideia de canal pessoal e com conteúdo relevante, hoje atraem milhões de seguidores e têm credibilidade consolidada. Pela proximidade e influência diante de seus públicos, os creators também são os preferidos das marcas.

A relação das empresas com os influencers visa a assegurar uma comunicação mais orgânica com nichos de público diante de uma revolução cultural, criativa e comportamental, que vem descentralizando cada vez mais a atenção do consumidor. Para evitar a rejeição a novos canais que parecem favorecer somente uma marca, um bom trabalho de relacionamento se faz premente, adaptando o timing e as mensagens da empresa ao caráter pessoal, informativo e descontraído dessas novas mídias.

Neste meio, a palavra parceria na criação do conteúdo faz muito mais sentido do que uma mera propaganda, ou o envio de um simples release, uma vez que a linguagem e a abordagem casual dada pelo influenciador são sua ferramenta e, por isso, não podem sofrer interferências diretas das marcas. É uma realidade completamente distinta da dos anúncios de TV, mas também não serão tratadas com a imparcialidade que se pressupõe haver em um jornal, por exemplo.

Comunicar por meio dos creators é confiar no trabalho que fazem e adaptar nossas mensagens ao seu modo de fala e à sua audiência, nunca o contrário. Em princípio, departamentos de marketing e comunicação que não estão dispostos a arriscar podem encarar esta nova forma de relacionamento como um investimento perigoso. Entretanto, não se aproximar dos novos formadores de opinião e produtores de conteúdo também é uma saída ineficiente. Nosso papel como comunicador é dar visibilidade aos nossos clientes onde os seus públicos estiverem. Ou vamos permanecer omissos em tempos de mudança?

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