Xô e-mail e WhatsApp!

e-mail-e-whatsappLá vem mais um e-mail e WhatsApp para atrapalhar o trabalho que planejamos com tanto cuidado no dia anterior! E ainda com o assunto urgente. Mas urgência não se resolve por telefone? Não importa. Responder mensagens passou a ser a grande prioridade, que fatalmente vai gerar uma resposta, uma réplica e assim por diante… Se mais pessoas estiverem na conversa, meu Deus!

Quando percebemos, o tempo passou e o assunto ainda está lá, cozinhando. Em uma ligação, provavelmente o tema seria resolvido – sem polêmicas e sem margem para interpretações dúbias. Ao longo da nossa vivência no mundo da comunicação corporativa, lidando com jornalistas ou clientes, nem sempre escapamos dessa realidade. Mas percebemos como ouvir a pessoa ou estar ao lado dela pode ser um interminável gerador de oportunidades.

Há alguns anos assumimos a missão de atender uma consultoria empresarial de médio porte, mas dificuldades surgiram. Matérias saíam e nada do cliente aparecer! Eis que surge a solução, em forma de telefone.

Selecionamos um grupo de jornalistas, ligamos e começamos a questionar sobre pautas que estavam em produção, colocando a consultoria à disposição. Não demorou para entrevistas e resultados conquistarem a confiança do cliente e dos jornalistas também, já que passaram a nos ver como uma fonte sempre disposta e prestativa.

Este exercício perdurou e funcionou até o momento de conhecermos o editor de uma dessas publicações. A relação só melhorou. Papo vai, papo vem. E não é que, depois de algumas garfadas, uma conversa sobre música e a admiração comum pelos Beatles nos deram uma ideia de foto para uma grande matéria? A Abbey Road seria inspiração para falar de quatro consultorias que sobressaíam no mercado.

A foto não foi exatamente essa, mas a reportagem saiu! Visitas a redações também se revelaram ótimas oportunidades de relacionamento. Era a chance de saber, de fato, quem estava do outro lado.

Os novos tempos exigem comunicação rápida, dinâmica e interativa. Porém, nunca foi tão fácil substituir o contato com um jornalista ou cliente pelo correio eletrônico ou pelo WhatsApp, como se nos livrássemos de uma batata quente. Enquanto isto, aguardamos a tão esperada resposta – que chega de forma simplória e impessoal.

Xi, outra notificação!!

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